domingo, 6 de janeiro de 2013

Quem são os anfíbios?!

Metamorfose de sapo comum

São seres venenosos e peçonhentos, cujo poder é tal que todo o cuidado é pouco. Não se deve olhar, muito menos tocar. Pode parecer irreal, mas esta seria a reposta de uma percentagem grande da nossa população, tendo em conta o facto de estarmos já no século XXI e numa sociedade que gosta de se afirmar “moderna”.

Porquê falar de anfíbios?
  
A última atualização da lista vermelha da IUCN dá-nos conta que 30 por cento de todos os anfíbios conhecidos estão sob ameaça. Este decréscimo está associado à diminuição das massas de água, à poluição da água, à fragmentação do habitat resultado da construção de estradas, que são uma das maiores causas de morte dos anfíbios ou até pela ignorância e desprezo que a população em geral sente pelos anfíbios em geral.

Mas afinal que mal fizeram estes pobres animais para merecerem rótulos tão drásticos e serem tão temidos?
Salamandra-de-pintas-amarelas
De tão frágeis que são a evolução deste género presenteou aqueles que se conseguiam produzir substâncias químicas, que os protegiam dos predadores – os venenos, será esta a razão desta fobia? Ou será porque esticam a língua até distâncias improváveis, para saciar a fome? Como estas poderiam ser enumeradas imensas razões, sem que chegássemos à conclusão, de qual seria a razão que faz com que animais tão pacíficos como os anfíbios mereçam ser temidos por tanta gente.

Posso, no entanto, adiantar algumas teorias que tenho ouvido e que já contam com alguns anos, que nos mostram a razão pela qual os anfíbios são animais tão temidos e tão perigosos. Dizem que, se pegarmos numa salamandra ficamos às manchas, embora algumas pessoas afirmem que isto só acontece se tocarmos no seu sangue. Há quem diga, também que os sapos, se lhes pegarmos, nos urinam para os olhos, para nos cegar. Há zonas em Portugal que afirmam que as osgas se atiram para as panelas para matar toda as pessoas que comerem daquela comida. 

A ser verdade tudo isto sou, provavelmente, um ser humano muito estranho: com a pele toda manchada de amarelo e vermelho e cega das duas vistas, continuo a ir para o campo na tentativa de preservar o habitat de seres tão magnificamente maléficos.
Sapo-comum
Sapo-parteiro com ovos
Rã-ibérica
Fotos retiradas de http://anfibioserepteis.blogspot.pt/

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