sábado, 26 de janeiro de 2013

Workshop Pais & Filhos "Compostagem"

A nossa manhã de hoje foi guiada pelo formador José Alberto, que nos levou a viajar, pela utilização e produção de composto. Foi uma debate animado entre a importância, e acima de tudo, como se faz a compostagem. Um dos pontos mais discutidos foi a diferença entre uma pilha bem e mal feita, bem como os problemas mais comuns na compostagem e as respetivas soluções.
No final da exposição teórica, todos os participantes puderam aplicar os conceitos teóricos, no terreno. Com supervisão do formador, e todos juntos, construímos uma pilha de composto, muito bonita e que cumpre os pressupostos teóricos apresentados.









sábado, 19 de janeiro de 2013

Workshop Pais & Filhos: Compostagem


Estamos cada vez mais sensibilizados para os problemas ambientais e participamos ativamente na separação dos lixos domésticos. Separamos o vidro, o plástico, o papel, mas diariamente produzimos muitos quilos de matéria orgânica biodegradável (restos de fruta, cascas de batata, resíduos de jardim, entre outros) que podemos valorizar e com isso poupar recursos naturais, dinheiro e contribuir para um melhor ambiente.

A compostagem é um processo biológico controlado de conversão e valorização de substratos orgânicos num produto estável, higiénico e rico em compostos húmicos designado por composto. Pretendemos, através deste workshop, de uma forma descontraída e prática dar a conhecer esta técnica simples de valorização de seu lixo orgânico.

A participação é GRATUITA, mas a inscrição é obrigatória e as vagas são LIMITADAS.
INSCREVA-SE JÁ!

Entregue o destacável devidamente preenchido, no Centro de Recursos Educativos (CRE) até ao dia 21 de janeiro.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Congresso Condomínio da Terra


Nos dias 16 e 17 de janeiro decorreu, no Parque Biológico de Gaia, a terceira edição do Congresso Internacional Condomínio da Terra. Para apresentar o que mudou depois da Conferência Rio+20, a Quercus, organizadora do evento, convidou um conjunto multidisciplinar de cientistas ambientais, que nos levaram a viajar pelas suas ideologias e pesquisas. 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A floresta por Vinicius de Moraes

Sobre o dorso possante do cavalo
Banhado pela luz do sol nascente 
Eu penetrei o atalho, na floresta. 
Tudo era força ali, tudo era força 
Força ascensional da natureza. 
A luz que em torvelinhos despenhava 
Sobre a coma verdíssima da mata 
Pelos claros das árvores entrava 
E desenhava a terra de arabescos. 
Na vertigem suprema do galope 
Pelos ouvidos, doces, perpassavam 
Cantos selvagens de aves indolentes. 
A branda aragem que do azul descia 
E nas folhas das árvores brincava 
Trazia à boca um gosto saboroso 
De folha verde e nova e seiva bruta. 
Vertiginosamente eu caminhava 
Bêbado da frescura da montanha 
Bebendo o ar estranguladamente. 
Às vezes, a mão firme apaziguava 
O impulso ardente do animal fogoso 
Para ouvir de mais perto o canto suave 
De alguma ave de plumagem rica 
E após, soltando as rédeas ao cavalo 
Ia de novo loucamente à brisa. 

De repente parei. Longe, bem longe 
Um ruído indeciso, informe ainda 
Vinha às vezes, trazido pelo vento. 
Apenas branda aragem perpassava 
E pelo azul do céu, nenhuma nuvem. 
Que seria? De novo caminhando 
Mais distinto escutava o estranho ruído 
Como que o ronco baixo e surdo e cavo 
De um gigante de lenda adormecido. 

A cachoeira, Senhor! A cachoeira! 
Era ela. Meu Deus, que majestade! 
Desmontei. Sobre a borda da montanha 
Vendo a água lançando-se em peitadas 
Em contorções, em doidos torvelinhos 
Sobre o rio dormente e marulhoso 
Eu tive a estranha sensação da morte. 

Em cima o rio vinha espumejante 
Apertando entre as pedras pardacentas 
Rápido e se sacudindo em branca espuma. 
De repente era o vácuo em baixo, o nada 
A queda célere e desamparada 
A vertigem do abismo, o horror supremo 
A água caindo, apavorada, cega 
Como querendo se agarrar nas pedras 
Mas caindo, caindo, na voragem 
E toda se estilhaçando, espumecente. 

Lá fiquei longo tempo sobre a rocha 
Ouvindo o grande grito que subia 
Cheio, eu também, de gritos interiores. 
Lá fiquei, só Deus sabe quanto tempo 
Sufocando no peito o sofrimento 
Caudal de dor atroz e impagável 
Bem mais forte e selvagem do que a outra. 
Feita ela toda de esperança 
De não poder sentir a natureza 
Com o espírito em Deus que a fez tão bela. 

Quando voltei, já vinha o sol mais alto 
E alta vinha a tristeza no meu peito. 
Eu caminhei. De novo veio o vento 
Os pássaros cantaram novamente 
De novo o aroma rude da floresta 
De novo o vento. Mas eu nada via. 
Eu era um ser qualquer que ali andava 
Que vinha para o ponto de onde viera 
Sem sentido, sem luz, sem esperança 
Sobre o dorso cansado de um cavalo.

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Ascophylum nodosum

Esta espécie, que existe essencialmente em Viana do Castelo, é utilizada  em estufados e farinha. Pode possuir até 1.5 metros de comprimento e apresenta uma estrutura com um ramo principal espesso, linear, arredondado na base e achatado na parte superior. Apresenta vesículas da ar volumosas e muitos dos ramos terminam com as bolsas dos órgãos reprodutores, que se apresentam amarelados. Distingue-se do género Fucus, pela ausência de uma nervura mediana nas lâminas (folhas).
Ascophylum nodosum
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Fucus spp.

Este género, vulgarmente conhecido por bodelha, é usado em guarnições, molhos e infusões. é uma alga castanha, de talo maciço, erecto e dicotomicamente dividido. Possui por todo o corpo aerocistos (vesículas cheias de ar) que albergam os orgãos reprodutores. estas algas podem atingir 1 metro de comprimento.
Fucus spp. jovem
Fucus spp. (pormenor dos recétaculos)
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Himanthalia elongata

Esta espécie é utilizada em saladas, molhos e estufados e está presente em toda a costa. É uma alga castanha , de cor amarelo  oliváceo constituída por uma pequena estrutura basal  (perene) em forma de taça e  com 2 a cm. Na primavera  desenvolvem-se a partir dessa estrutura uma lâminas que podem atingir os 2 ou 3 metros. Estas lâminas são estreias e compridas, facto que apelida esta alga de fitas, cordas ou esparguete do mar.
Pormenor da lamina de Himanthalia elongata
Pormenor da base de Himanthalia elongata
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Imagem do dia

Foto de Armando Caldas (fotógrafo de Biodiversidade)

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Lamnaria spp.


Este género é frequentemente utilizado em sopas, saladas, estufados, e em molhos e está presente em toda a costa. É uma alga castanha, de talo maciço e não ramificado. Possui ainda uma estrutura ereta e está diferenciado em rizóides, estipe cilíndrica e lâmina achatada, sem nervura. Têm, no mínimo a 40 cm de comprimento, quando adulta. Já a lâmina apresenta rasgos longitudinais mais ou menos profundos e irregulares.
Aspeto da Laminaria sp. adulta
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Laurencia pinnatifida

Esta espécie, conhecida por Argacinho-das-lapas, é usada como condimento picante e está presente em toda a costa portuguesa. Pode possuir até 30 cm de comprimento e apresenta um ramo principal bem desenvolvido e ramificado alternadamente. Os ramos, por sua vez, são curtos e apresentam uma estrutura arredondada, Esta alga possui cor acastanhada.
Laurencia pinnatifida
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Gracilaria verrucosa

Esta espécie é um alga vermelha usada normalmente em sopas, estufados, saladas e geleias e é conhecida por cabelo de velha. Possui entre 7 e 50 cm de comprimento e tem uma estrutura cilíndrica, fina e ramificada aleatoriamente. Possui ao longo de todo os corpo pequenas protuberâncias (órgãos reprodutores), facto que que lhe dá o nome (verrucosa) e nos permite distinguir bem esta espécie.
Gracilaria verrucosa
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Foto do dia

Cogumelo, fotografado num Eco-Passeio. Como a natureza é perfeita...
Lactarius sp.

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Palmaria palmata

Esta espécie, presente em toda a costa, é utilizada em saladas, sopas, frituras, estufados e pão e é conhecida como botelho comprido. Distingue-se das outras algas pela sua forma em palma de mão (palmata), por possuir um comprimento de 10 a 30 cm e por possuir um órgão de fixação discoidal. As partes jovens da planta são delicadas e translucidas, enquanto as partes adultas são espessas e escuras, podendo apresentar pequenos râmulos periféricos, nas suas margens. 
Espécime de Palmaria palmata
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Gigartina stellata

Esta espécie, vulgarmente conhecida como musgo ou botelha,encontra-se ao longo de toda a costa e é utilizada vulgarmente em: sopas, geleias, estufados e biscoitos. Como o próprio nome é indicativo, é muito semelhante à espécie, já descrita no blog, Chandrus crispus. Apesar da semelhança na dicotomia das folhas, distinguem-se facilmente se comparados, uma vez que no género Chandrus as folhas estão divididas em duas zonas, a parte inferior e superior, em que na inferior a folha não apresenta ramificações e na parte superior apresenta-se ramificada dicotomicamente. Já nesta espécie, G. stellata, toda a folha está ramificada dicotomicamente, além das folhas serem, normalmente, mais curtas. Além disso as folhas são mais achatadas e têm uma forma encarquilhada (enrugada). As plantas adultas apresentam ainda uns granulos negros, os quais juntamente com o encarquilhado ajudam a distinguir esta espécie do C. crispus.
Gigartina stellata
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Porphyra spp.

Este género é conhecido, localmente, como alface-roxa e é possível apanhá-la em toda a costa nacional. No Minho, especialmente a Norte, é utilizada em saladas, sopas, frituras, estufados, guarnições, farinha e compotas,  possuindo um alto teor proteico.

A sua aparência é muito semelhante à da Ulva sp. apresentando uma estrutura em que predominantemente se observam as lâminas (folhas), que se apresentam largas e se juntam num pequeno nó. A sua cor varia entre o púrpura, violeta ou avermelhado, tornando-se esverdeada ou negra quando seca.
Aparência do género Porphyra
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Chondrus crispus

Esta espécie, que surge em toda a costa nacional, é vulgarmente conhecida por botelho, cuspelo ou limo-folha. Devido ao seu agradável sabor é utilizada em sopas, frituras, geleias, pão e biscoitos.
Esta espécie apresenta normalmente uma coloração vermelho-púrpura ou violeta, no entanto pode apresentar uma coloração verde, se existir muita luminosidade no local. As suas lâminas (folhas) apresentam uma estrutura diferente na parte basal, onde não se apresenta ramificada, e na parte superior, ou se apresenta ramificada dicotomicamente, cada lâmina possui um comprimento entre os 7 e os 15 cm e possui uma textura cartilaginosa. 
Chondrus crispus

Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho

Enteromorpha spp.


Este género, vulgarmente conhecido por "Fitas verdes", surge ao longo de toda a costa e é utilizada em sopas e saladas, possuindo um sabor leve e picante.
Distingue-se facilmente pela aparência das suas folhas, que sugere uma fita, possuindo cada uma entre 0.1 e 1 metro de comprimento, ou até mais (E. intestinalis). Dependendo da espécie em causa, o caule pode não ter ramificações( cada caule dar origem a uma folha), como é exemplo a E. intertinalis e a E. linza, ou ter ramificações como é o caso da E. compressa. As suas folhas podem, também, apresentar diferentes formas, podendo ser achatadas (E. linza), inchadas (E. intestinalis) ou intermédias (E. compressa).Em todo o género a cor apresentada pela alga é verde, podendo variar apenas a tonalidade.
Aparência do género Enteromorpha
Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf

Principais espécies de algas comestíveis, no Minho


Ulva spp.

Imagem de espécime de Ulva spp. preso a uma rocha

Vulgarmente designada por alface-do-mar, pode encontrar-se em toda a costa e é utilizada em saladas, sopas e frituras. Distingue-se facilmente pela forma de folha (inteira) entre 15 a 20 cm de comprimento.  Apresenta coloração verde translúcida.


Bibliografia:
http://www.algaebase.org/
CAMPBELL, A. (1994). Fauna e Flora do Litoral - Guia  FAPAS. Porto: FAPAS/Parque EXPO 98.
http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20081003163152.pdf
http://www.cienciaviva.pt/rede/oceanos/1desafio/algas-marinhas-utilidades.pdf


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A importância da Biodiversidade: o caso das macroalgas


Muitas vezes se fala do valor da biodiversidade: o valor estético, biológico e até económico da vida no nosso planeta. Mas até que ponto este valor se reflete no nosso dia-a-dia? Será a biodiversidade mesmo importante para o Homem?

A resposta é, um óbvio, sim!
Todos nós usamos a Biodiversidade em prol de uma vida mais confortável. Tome-se como exemplo aqueles fins de semana na Serra ou os mergulhos em alto-mar. Seriam estas atividades tão interessantes sem a nossa biodiversidade? 

Um bom exemplo de utilização da biodiversidade é a culinária: uma grande variedade de cogumelos ou de legumes transforma qualquer prato, num prato especial. Na culinária são muitos os exemplos que nos levam à importância da biodiversidade, um desses são as algas.

Apesar de muitos de nós só associarmos as algas ao sargaço, existente nas praias, existem muitas outras espécies de algas. Na verdade o sargaço, assim chamado por ser maioritariamente constituído por espécies do género Sargassum, pode ser constituído por muitos géneros, tais como Fucus, Gelidium, ulva ou até Laminaria. 

Há registos que a utilização de algas marinhas é muito antiga, sendo neste momento utilizadas cerca de 221 espécies de macroalgas, ao nível mundial. Destas, 145 espécies são diretamente utilizadas na alimentação: 79 algas vermelhas, 38 algas castanhas e 28 algas verdes. O caso mais conhecido de utilização de algas na alimentação é o do Japão que utiliza algas dos géneros Porphyra, Hizikia e Undaria. Já em Portugal, à exceção de algumas zonas como Viana do Castelo e os Açores, a utilização de algas diretamente na alimentação é quase nula. Esta utilização restringe-se ao consumo indireto, pelo uso de alimentos com aditivos provenientes de algas. São exemplo, as gelatinas “vegetais” ou os alimentos com aditivos alimentares tais como E400 (Ácido algínico), E401-E405 (Alginatos), E406 (Agar) e E407 (Carragenana).
Outras utilizações podem ser consultadas na tabela abaixo.
Fucus vesiculosus

Laminaria digitata

Gelidium latifolium

Ulva lactuca

domingo, 6 de janeiro de 2013

Quem são os anfíbios?!

Metamorfose de sapo comum

São seres venenosos e peçonhentos, cujo poder é tal que todo o cuidado é pouco. Não se deve olhar, muito menos tocar. Pode parecer irreal, mas esta seria a reposta de uma percentagem grande da nossa população, tendo em conta o facto de estarmos já no século XXI e numa sociedade que gosta de se afirmar “moderna”.

Porquê falar de anfíbios?
  
A última atualização da lista vermelha da IUCN dá-nos conta que 30 por cento de todos os anfíbios conhecidos estão sob ameaça. Este decréscimo está associado à diminuição das massas de água, à poluição da água, à fragmentação do habitat resultado da construção de estradas, que são uma das maiores causas de morte dos anfíbios ou até pela ignorância e desprezo que a população em geral sente pelos anfíbios em geral.

Mas afinal que mal fizeram estes pobres animais para merecerem rótulos tão drásticos e serem tão temidos?
Salamandra-de-pintas-amarelas
De tão frágeis que são a evolução deste género presenteou aqueles que se conseguiam produzir substâncias químicas, que os protegiam dos predadores – os venenos, será esta a razão desta fobia? Ou será porque esticam a língua até distâncias improváveis, para saciar a fome? Como estas poderiam ser enumeradas imensas razões, sem que chegássemos à conclusão, de qual seria a razão que faz com que animais tão pacíficos como os anfíbios mereçam ser temidos por tanta gente.

Posso, no entanto, adiantar algumas teorias que tenho ouvido e que já contam com alguns anos, que nos mostram a razão pela qual os anfíbios são animais tão temidos e tão perigosos. Dizem que, se pegarmos numa salamandra ficamos às manchas, embora algumas pessoas afirmem que isto só acontece se tocarmos no seu sangue. Há quem diga, também que os sapos, se lhes pegarmos, nos urinam para os olhos, para nos cegar. Há zonas em Portugal que afirmam que as osgas se atiram para as panelas para matar toda as pessoas que comerem daquela comida. 

A ser verdade tudo isto sou, provavelmente, um ser humano muito estranho: com a pele toda manchada de amarelo e vermelho e cega das duas vistas, continuo a ir para o campo na tentativa de preservar o habitat de seres tão magnificamente maléficos.
Sapo-comum
Sapo-parteiro com ovos
Rã-ibérica
Fotos retiradas de http://anfibioserepteis.blogspot.pt/

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A agricultura perigosa

Foto do local de estudo, no Brasil

A pesquisa de um grupo de cientistas internacional mostrou que a desflorestação pode ser ainda mais nefasta do que se pensava. Afinal o desmatamento leva a uma destruição da biodiversidade, muito mais global do que a simplesmente visível, levando à diminuição de biodiversidade das comunidades microbianas, muito importantes para a viabilidade do ecossistema. Estas comunidades têm um papel ímpar, uma vez que são responsáveis por importantes processos ambientais, tais como a reciclagem de nutrientes, a produção de água potável e a remoção de poluentes.

O grupo de investigação, que inclui professores da Universidade do Texas, da Universidade de Oregon, da Universidade de Massachusetts, Universidade de Michigan e da Universidade de São Paulo, fez o estudo numa área de 100 quilómetros quadrados, 38 dos quais na Fazenda Nova Vida em Rondónia no Brasil, um local onde a floresta foi convertida para uso agrícola. 

Este estudo acabou por revelar diferenças muito significativas, na comunidade microbiana, do solo de pasto e do solo de floresta. "A combinação entre a perda de espécies florestais e a homogeneização das comunidades, no solo de pastagens, mostram que este ecossistema é agora, muito menos capaz de lidar com o stress, tornando-se menos resistente", disse Nüsslein, um dos responsáveis pelo projeto. Além do referido, estas descobertas mostram que os micróbios são impactados pelas alterações climáticas, derivadas da ação do Homem.

Desflorestação da Amazónia
Este estudo foi realizado em plena Amazónia, a uma escala nunca antes tentada, por isso os cientistas esperam que seu trabalho venha a fornecer dados valiosos para as decisões sobre o futuro da floresta amazónica. Afinal esta é floresta representa metade da floresta tropical do mundo e alberga cerca de terço das espécie existentes no nosso planeta. 

Fica agora a dúvida: Será que a reimplantação de florestas ainda vai conseguir recuperar a diversidade microbiana? Ou já estarão estes organismos extintos naqueles locais?

Lília Cunha

Os pinguins egoístas...


Sabia que os pinguins se protegem das tempestades mais frias, juntando-se em grupos? Matemáticos acabam de descobrir que este comportamento, que parecia ser protetor, na verdade revela o egoísmo destes animais.

Os pinguins-imperador (Aptenodytes forsteri), durante as tempestades mais frias, encostam-se uns aos outros para preservar o calor. Até há pouco tempo achava-se que isto mostrava a cooperação entre os pinguins, que tentavam preservar o calor do grupo, protegendo-o. Apesar de já se saber que isto reflete um ato egoísta, Blanchette e os seus colegas, da Universidade da Califórnia, estudaram os pinguins e perceberam algo inédito. 
Os pesquisadores ficaram no entanto, surpresos com o resultado do modelo, que mostrou que os pinguins partilham o calor de forma equitativa. "Mesmo se os pinguins são apenas egoístas, apenas tentando encontrar o melhor local para si e não pensar sobre sua comunidade, ainda há igualdade na quantidade de tempo que cada pinguim fica exposto ao vento" comentou o investigador. 
Este egoísmo dos pinguins é então na verdade um comportamento justo. Será este modelo uma boa ideia para nos protegermos do frio, em tempos de crise?
Lília Cunha

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Agricultura Biológica


Tal como prometido, começamos o ano com uma nova tradição: a publicação mensal do calendário agrícola. Assim, e para aproveitar este tempo solarengo e com a Lua a alegrar os nossos dias, vamos pôr mãos à obra...

Para quem possui uma pequena horta, ou até um jardim, e quer rentabilizar o espaço para ter produtos frescos e poupar uns trocados, seguem os nossos conselhos:

O primeiro mês do ano está longe de ser aquele que mais trabalho exige no seu jardim. Nesta época, a grande maioria das plantas encontra-se em descanso vegetativo. Ainda assim, pode semear petúnias, ervilhas de cheiro e gipsófilas. É ainda uma boa altura para plantar jacintos, begónias, lírios e amarílis. 

Se tem uma horta ou gosta de fazer experiências no seu quintal ou até mesmo num dos cantos da sua varanda, pode sempre semear agriões, alfaces, cebolas, coentros, espinafres, nabiças, repolhos, rabanetes, favas e ervilhas. É também esta a altura indicada para plantar os alhos. Pode ainda, preparar os canteiros e talhões de modo a que a terra fique limpa e bem mobilizada, incorporando-lhe estrume, em substituição da fertilização química com adubos fosfatados, potássicos ou compostos. 

Início de aulas "eco"

Depois de uma paragem de 15 dias,  voltamos todos à escola com muita energia e vontade de trabalhar. Mas, para que este inicio seja ainda mais especial, a escola efetuou algumas mudanças. A principal delas foi substituir as lâmpadas de algumas salas por lâmpadas de halogéneo. Esta alteração irá permitir uma diminuição dos consumos de energia e, ao mesmo tempo, torna a nossa escola AINDA mais ecológica. 
Cada dia que passa somos mais ECO:)