quarta-feira, 26 de junho de 2013

Visita de estudo à ETA de Areias de Vilar

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Uma visita guiada à Estação de Tratamento de Águas (ETA) de Areias de Vilar ocorreu no passado dia 23 de Abril, e contou com a participação das turmas de Línguas e Humanidades do 10.º e 11.º anos. As professoras Maria José Barreiro, Carmo Afonso e Isabel Araújo acompanharam os alunos.
Foi da parte de tarde que os alunos chegaram à ETA e, logo no início, importou distinguir, com a ajuda do funcionário que nos guiou, uma Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de uma simples Estação de Tratamento de Águas (ETA). A diferença reside no que é objecto de limpeza: na primeira, são limpas as águas provenientes de saneamentos públicos e, de seguida, devolvidas aos rios; na segunda, são as águas fluviais o alvo de limpezas a fundo, que as porão prontas a ser consumidas em nossas casas.
Esta estação faz parte da Águas do Noroeste, por sua vez integrante do Grupo Águas de Portugal, responsável pelos sistemas de saneamento e de abastecimento.
Foram vistas as várias fases de tratamento das águas do Rio Cávado. No início, faz-se uma limpeza “a grosso” da água, que continua para processos mais a fundo, como a decantação e a filtração – aqui, tudo gradual, isto é, à medida que o processo avança, mais rigorosa é a limpeza. O que mais surpreendia era a dimensão deste processo! A ETA de Areias de Vilar é uma das maiores de Portugal: de Viana do Castelo à Maia, abastece mais de 30 municípios, com qualidade demonstrada e assegurada, factores decisivos para reconhecimentos da APCER. O processo seguinte, com o qual, por segurança, não tivemos contacto directo, é a adição de cloro à água, que depois disso entra nas condutas e viaja até às estações elevatórias espalhadas pelos municípios, para, depois, finalmente, chegar às nossas torneiras.
A ETA de Areias de Vilar abastece mais de 1 milhão de habitantes, em mais de 6 000 km2 de área de intervenção. O seu compromisso com o desenvolvimento sustentável chamou a particular atenção dos presentes, alunos de Geografia.
Todo este aparentemente simples processo é acompanhado 24 horas por dia, todos os dias, por pessoal que está na sala de controlo, que também foi visitada pelos alunos. Esta sala é o centro de comando de toda a ETA, totalmente computadorizado e automatizado.
O contributo para a sustentabilidade, que nos tocou, desta Estação e da Águas do Noroeste reflecte o investimento feito pela União Europeia nos últimos anos, que ronda os 800 milhões de euros – no âmbito do QREN, tudo estudado pelos alunos em Geografia –, 50% dos quais a fundo perdido, dada a importância no desenvolvimento socioeconómico da região. Importa por isso, nestes tempos, olhar a bons exemplos de utilização de dinheiros públicos.
Imaginar que a água que consumimos passa por todos estes processos é difícil de imaginar. Porém, mais fácil de os entender e explicar, depois desta visita.

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